Ø São as inflamações mamárias
não associadas à amamentação que recidivam com frequência.
Ø Causas mais comum:
SOBREPESO
E OBESIDADE
Normalmente
as pacientes que tenho diagnosticado com mastite crônica e recidivante
apresentam algum grau de sobrepeso. Acredito que esta seja, possivelmente, a
causa mais comum dos episódios de inflamação na mama. Já foi demonstrado em
modelos animais e humanos que existe uma inflamação subclínica no tecido
adiposo mamário das pacientes obesas. Macrófagos infiltram a gordura da mama e
formam uma coroa ao redor das células adipócitas mortas e esses macrófagos
produzem muitos mediadores inflamatórios. Além disso, a obesidade aumenta o
risco de câncer de mama e está associada a um pior prognóstico entre as
sobreviventes do câncer. Estudos mostram que a restrição calórica pode reverter
à inflamação da glândula mamária em animais obesos. A diabetes também está associada a inflamações e lesões nodulares na
mama.
MASTITE
GRANULOMATOSA IDIOPÁTICA E TUBERCULOSE MAMÁRIA
Embora
sejam doenças diferentes, apresentam as mesmas manifestações clínicas:
nodulação, enduração, vermelhidão da pele sobrejacente, abscessos, fístulas. Acometem
normalmente mulheres em idade fértil que tiveram um parto ou uma lactação
recente. A mastite granulomatosa é uma doença auto-imune enquanto a tuberculose
mamária é uma doença infecciosa. Nenhuma das duas é contagiosa (não passa). A doente
e o médico precisam ser pacientes, pois o diagnóstico é demorado. A mastite
granulomatosa costuma durar uns 12 meses e a TB comumente melhora após 2 meses
de tratamento específico. Muitas vezes,
como o médico não consegue estabelecer um diagnóstico preciso costuma fazer teste
terapêutico. A mama acometida pode ter sequelas, como inúmeras cicatrizes.
O que
fazer?
1- Consultar Mastologista
2- Descartar câncer
3- Fazer uma biópsia de
fragmento ou punção aspirativa de células da área acometida
4- Material coletado deve ser
enviado imediatamente para: A- anatomopatológico (granuloma caseoso x granuloma
não-caseoso) B- Baciloscopia BAAR
(coloração ZN) C- Cultura para germes Piogênicos,
fungos e micobactérias D – Testes
moleculares para complexo M tuberculosis (geneXpert )
Enquanto
aguarda resultado: antibióticos, anti-inflamatórios, compressa morna, drenagem
caso haja abscessos e PACIÊNCIA!
TB
mamária: rifampicina,
isoniazida, pirazinamida
MGI:
corticoide e imunossupressores.
MASTITE
/ ABSCESSO SUBAREOLAR DA TABAGISTA
Nesse
caso, não temos muita dúvida. A apresentação clínica é bem singular: dor, nódulo,
inversão do mamilo e abscesso que se abre sempre na região periareolar. A
paciente costuma ser fumante ativa ou passiva.
Tratamento:
abandonar o tabagismo, antibióticos para aeróbios e anaeróbios, anti-inflamatório,
compressa morna e cirurgia para os casos de fístula que não cicatriza.